Cláudia Bopp: coleção com inspiração em Picasso

jarra e xícaras

Cláudia Bopp faz parte destes artistas versáteis com uma linha de produtos variados, usando diversas técnicas.

Aqui temos um trabalho de cerâmica de alta temperatura com referências estéticas a uma parte da obra de Pablo Picasso. 

queijeira

Madalena Tedesco: Caixas

Estas duas caixas preta e branca de Madalena Tedesco são de um estilo convencional quase clássica na sua definição nobre: conforme ao gosto tradicional.

Toda criação possui referências à tradição e ao clássico como inspiração ou como rejeição.

As "pérolas" (bola de gude) de metal usadas aqui poderiam ser de inspiaração Espano-Mauresco, frequentemente usada pela artista.  

Rita Lourenço: dançarina de arame

O trabalho em arame de Rita Lourenço começou com um presente que queria fazer a duas pessoas muito especiais, amantes da dança. Queria algo diferente que não fosse o barro (que também ela usa) e decidiu experimentar o arame deixando a imaginação fluir. O resultado é este que você pode ver nas fotografias. Essa coleção existe em diversos tamanhos e está enriquecendo com outros personagens.

Kika Costa: esmaltação singular

 

O estilo do trabalho de esmaltação de Kika Costa é tão singular que fica inconfundível. Ela consegue armonizar cores improváveis, produzindo tons sobre tons de uma enorme riqueza.  Ela aplica estas esmaltações sobre uma argila texturizada. O contraste fica surpreendente, emocionente. Não nos deixa jamais indiferente!

 

Sandra Peixoto: Máscara

Há sempre no trabalho de Sandra Peixoto  algo que permite a imaginação se soltar no tempo e no espaço.  E estas 2 obras não escapam desta regra.

A máscara da esquerda foi esmaltada e depois queimada em alta temperatura. A imaginaçao nos leva a pensar que poderia ter sido no México ou no Peru antes da "descoberta" do século 15 ou ainda talvez na Ásia em um periodo mais recente.

A  outra máscara poderia ter sido realizada na África com essas cores ocre e vermelho sobre um fundo preto lembrando a madeira de ébano. Nesta máscara foi feita uma queima de Raku.

Duas obras com linhas e traços fortes !

Adma Corá: Jóias

Vamos apresentar uma faceta pouco conhecida ou divulgada de Adma Corá: suas jóias.

Aqui um colar com uma aparente simplidicade  no desenho, deixando a imaginação livre entre uma forma humana, uma representação parietal pré-historica até uma obra do periodo inca.

Esta peça recebeu uma queima de Raku, o que produz este "craquelé" na parte clara e o preto fosco, com alguns detalhes de esmalte verde e vermelho. O sistema de fechamento é de prata.

Regina Lúcia de Oliveira Diehl : Coruja.

A coruja tornou-se um tema recorrente no trabalho de Regina  Lúcia de Oliveira Diehl (Rê pelos íntimos). Esta ave curiosa e observadora, dá uma sensação de estabilidade ao artista.  
 

 

A Coruja de orelha dobrada, foi feita com argila reciclada, e esmaltada com esmalte marrom com chumbo (pedra sabão). A queima foi de alta temperatura. 

                 

A coruja plantada, foi feita com argila creme. Recebeu óxido de manganês no corpo, e esmalte marrom dourado no rosto e nas asas. Queima de alta. É toda ocada e com corte nas asas para que a planta possa ser plantada e aguada posteriormente.

Maria de Fátima Pederzolli: ser humano e sentimentos

Maria de Fátima Pederzolli trabalha com escultura através da técnica da modelagem. Para tanto utiliza argila marfim queimada em baixa temperatura, com acabamentos em esmalte e óxido. Buscando sempre expressar seus mais profundos sentimentos, dá ênfase à figura humana e à religiosa, a fim de retratar as emoções, os relacionamentos e a fé do ser humano.

Jaqueline Noleto: pratos

Apaixonada pelo trabalho de tramas e de rendas Jaqueline desenvolveu o ano passado uma linha de treliças transparentes que rapidamente ganharam cores vivas e alegres como a que aparece nesta fotografia.

Esta peça vermelha é da série "garatuja", este é um exercício que se praticava na aula de desenho para soltar a mão antes de começar a desenhar ou pintar. Era um exercício que Jaqueline gostava muito de fazer na época de Atelier Livre porque isso lhe permitia de esquecer-se de tudo e de todos.

Roberto Del Rio Lindemayer: castiçal e escultura

Eclectismo e personalidade são palavras perfeitas para caracterizar essas duas obras de Roberto Del Rio Lindemayer.




Uma escultura  misturando traços africanos e indígenas. Argila marfim com óxido.
















Um dos castiçais de uma série muito colorida. Aqui foi usada a técnica do Raku (ver vídeo explicativo) com um esmalte colorido. Todas as peças são diferentes e únicas.

Iclea Maria Terra de Oliveira: prato e vaso

 

Este prato que se chama fundo do mar foi feito a partir de argila marfim queimada em alta temperatura.

Acabamento externo natural explorando a forma e a textura que a argila apresenta quando é pressionada de dentro para fora na própria forma. Escurecimento da argila obtido com óxido. 

Acabamento interno em esmalte azul recoberto com cacos de vidro temperado, que funde e cracela com a temperatura.

Vaso de três pernas de argila marfim queimada em alta temperatura. Acabamentos em óxido e esmalte. Brincadeira com forma, meia bola sobre três pés altos e com cores vermelho, amarelo, verde e lilás.  Tem nesta peça um "ar" de Saltimbanco.

Icleia,  que tem como outra paixão o Bonsai,  aplica em seu trabalho de argila a mesma abordagem: Olha para a planta e deixa ela te dizer a forma que quer tomar. De acordo com a artista, a argila ao ser queimada assume formas e cores que ela mesmo determina, sempre será uma surpresa.
Francisco Brennan, diz com outras palavras, a mesma coisa durante um encontro com a Icleia no ateliê dele. 

Jacky Cavallari: mesas clair-obscur

60 x 60 x 30 cm

As mesas Clair-Obscur são um clin d'œil ao famoso ebanista (marceneiro) oficial do rei Louis XIV, André Charles Boulle. Este difundiu uma técnica de marchetaria que hoje possui seu nome.

A técnica usada é o corte-sobreposto que consiste na sobreposição de uma lâmina clara e escura, no corte das duas ao mesmo tempo e depois, na incrustação das peças claras no fundo escuro e contrariamente. No século 17,  as matérias usadas nos móveis reais e também da alta sociedade, eram o latão, o estanho, a casca de tartaruga (natural ou tingida  de vermelho ou mais raramente de azul) e o ébano. A lâmina de ébano podia ser substituida por outra madeira tingida preta de menor custo.

marchetaria contemporânea

Aqui foi usada a lâmina de roxinho (do Brasil) e a lâmina de ácer/maple (do Canadá) a fim de obter-se este contraste clair/obscur com um desenho da flor de jacarandá em linhas contemporâneas. As mesas medem 60 x 60 x 30 cm.

madeira de roxinho e de maple/ácer

Agradeço muitíssimo minha amiga Nadine Amorim que fez uma pausa em Porto Alegre durante sua viagem no redor do mundo e que é a talentuosa pessoa que fez essas fotografias.